Dono de uma bem sucedida
farmácia numa cidade do interior, João não acreditava na existência de
Deus ou de qualquer outra coisa, além do mundo material. Certo dia, quando ele
já estava fechando a farmácia, chegou uma criança com um bilhete nas mãos,
solicitando um remédio. Ele disse que já estava fechado, mas a criança, com
lágrimas nos olhos, informou-o que sua mãe estava muito mal e precisava com
urgência daquela medicação.
Devido à insistência da criança , mesmo contrariado
resolveu reabrir a farmácia e vender o remédio, mas, devido à sua
insensibilidade e àquele nervosismo sem causa, não acendeu a luz da farmácia e
pegou o remédio errado, cujo efeito era exatamente o contrário do que aquela
mulher precisava e certamente, mataria aquela mulher. Em pânico, tentou
alcançar a criança, sem êxito. Voltou para a farmácia e, sem saber o que fazer,
com a consciência pesada e com medo, muito medo de ser processado ou até mesmo
ser preso, ou de perder tudo o que levou a vida inteira para construir instintivamente
fez algo que nunca havia feito. Ajoelhou-se e clamou por Deus. Mesmo sendo eu
um ateu, estou vivendo momento de grande angustia e abatimento pelo o que fiz
Senhor Deus, Criador ajuda me. De repente, sentiu uma mão a tocar-lhe o ombro e
ao se virar, deparou-se com a criança:
"Senhor,
por favor, não brigue comigo, mas é que eu caí e quebrei o vidro do remédio. Dá
pro senhor me dar outro?".
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