Percebi que em nenhum outro
tempo a colheita era tão grande. E que mesmo olhando toda a história da Igreja
Cristã, esse é um momento diferente na história. Creio que em nenhum outro tempo existiu tamanha desproporção entre a
imensidão do campo e a tremenda escassez de mão de obra. Segundo estatística da
ONU no final de 2011 o mundo chegou a incrível marca de 7 bilhões de
pessoas. Contudo no mundo somos mais ou menos 600 milhões de evangélicos. No Brasil
estamos chegando agora a 57 milhões de evangélicos. Comparando com uma
população de quase 200 milhões de pessoas. Sabe a que conclusão eu chego nunca se
precisou tanto de ceifeiros para essa colheita.
A igreja, neste momento,
precisa de homens e mulheres. Que se comprometam com Deus
para a grande colheita. Durante muito tempo afirmavasse que a Igreja necessitava
de um avivamento, de um novo movimento do Espírito. Deus, sabe que precisamos
de ambas as coisas, entretanto Deus não haverá de avivar ratinhos, e nem encherá coelhos com seu Espírito Santo. A igreja
suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da alma, homens
que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte, porque já morreram para as
seduções deste mundo. Homens que não serão forçados a fazer as coisas
pelo constrangimento das circunstâncias; pois a sua única compulsão virá do
íntimo e do alto. Homens movidos
por Deus.
Penso em Jesus andando pelas ruas das grandes
metrópoles do mundo. Se deparando com jovens fumando crak nas ruas, meninos e
meninas vendendo o seu corpo para comprar drogas, pais
entregando suas filhas para prostituição, homens e mulheres comprometidos apenas
com o seu prazer, multidões carecendo de
alimentação: Segundo dados da ONU no mundo são mais de 1 bilhão de pessoas
vivendo na miséria. Homens promovendo guerra com o intuito de vender armas. Grupos radicais destruindo a vida como se o fizesse
em nome de Deus. Penso em Jesus dando uma passadinha aqui pelo Brasil e se
deparando: Com a corrupção, com os escândalos
dos homens públicos, com casamentos de homens com homens e mulheres com mulheres.
Jesus quer que seus
discípulos sejam “pastores”
sensíveis e tenham sempre a compaixão
como ponto central de sua atividade apostólica. Por isso, de repente, Mateus
muda o cenário e apresenta a imagem da colheita
e dos operários, para indicar que eles estão envolvidos numa situação
urgente e decisiva. O processo
de amadurecimento terminou. Em Jesus chegou o tempo da plenitude e da colheita definitiva.
Urge encontrar operários para
que os frutos não se percam e não se estraguem. Operários que tenham a
sensibilidade de Deus o dono da plantação. Jesus nos ensina estas
sensibilidades:
I - HOMENS E MULHERES QUE VEJAM COMO JESUS.
Porque viu a solidão
das pessoas, a dor, o sofrimento, o
abandono, a incompreensão, podem ser elencadas como instrumentos causadores da
solidão. Um leproso, por
exemplo, precisava ficar isolado dos seus familiares, de seus amigos. Todos
fugiam dele, muitos viviam sem
expectativa. Quantos hoje estão assim? Quantos aidéticos? Quantos
cancerosos? Quantos viciados
cujas famílias chegaram ao ponto de isolá-los em clínicas especializadas, na
esperança de recuperá-los, Ou foram abandonados
à destruição pelo vício. Quantas
crianças são abandonadas nas ruas?
Quantas pessoas bem
sucedidas nos negócios dessa vida, com fama, dinheiro, prestígio, mas que
morrem de solidão? Jesus te convida a olhar
para esse mundo frio e sem alma. Jesus te convida a olhar para esse mundo de
distúrbios morais e éticos. Jesus te convida a olhar para as pessoas que todos
os dias morrem um pouquinho trancadas dentro de seus luxuosos apartamentos. Jesus
te convida a olhar a plantação e partir a colheita. Esse é o tempo essa é a
hora!
Precisamos de homens e mulheres que vejam como Jesus! A solidão das
pessoas, a dor, o sofrimento,
o abandono, a falta de expectativa, o abandono, o mundo frio e sem alma, o mundo
de distúrbios morais e éticos.
II - HOMENS E MULHERES QUE SAIBAM O ALVO.
Qual de nós sabe o que é passar fome? Não é a fome
entre uma refeição e outra; é a fome que se torna crônica. Quantas pessoas há
que diariamente não tem o que comer e nem água limpa para beber? Quantos
esperam que coloquemos o lixo de nossas casas para fora, a fim de que eles
possam alimentar-se? Você já viu alguém revirando os sacos ou latões de lixo a
procura de algo que possa matar a fome? Tenho visto esse fato aqui em nossa
cidade. Todos os dias você encontra pessoas tomadas pela dor e o sofrimento. Todos nós já passamos pela experiência da dor. Alguns
já experimentaram a dor e o sofrimento com mais intensidade, outros com menos,
mas de qualquer forma a experiência é muito desagradável e por menos tempo que
tenha sido; o tempo da dor parece-nos infinito. Pensemos nas dores e
sofrimentos crônicos, nas pessoas cujas medicações mais fortes, já não combatem
a dor. E quando a dor é na alma, nas nossas entranhas? Não há, na medicina
humana, remédio algum capaz de penetrar nesse íntimo. Você conhece alguém que
esteja experimentando profundamente a dor e o sofrimento? Pior ainda é a
situação daqueles cuja dor e sofrimento durarão a vários anos!
Todos os dias você depara-se com pessoas perdidas,
desorientadas e confusas. Não seria este o retrato da sociedade atual? Quantos
dos nossos familiares encontram-se assim: tão perdidos!? Caminham, correm atrás
disso e daquilo outro e nunca chegam a lugar algum! Quantos já nem caminham
mais, estão como aqueles que chegam de uma longa caminhada a pé, estão exaustos
da vida, sem sequer terem vivido o suficiente? Quantos amigos nossos, pessoas
boas, sinceras, honestas, trabalhadoras, mas tão perdidas em seus projetos de
vida? Quantas pessoas perdidas e confusas por causa das crenças religiosas? Quantas
foram iludidas, enganadas, exploradas e tiveram seus corações e sentimentos
danificados?
Pior ainda são
os religiosos, que abraçaram a Causa, na esperança de que cumprindo um ritual: frequentando
a igreja, cantando, orando, contribuindo estariam dando sentido à vida. Nada
adiantou, continuam solitárias, famintas, confusas, desorientadas. Elas
precisam que nós levemos a sério a obra de Deus. Quantos querem apenas fugir do
inferno, por isso não conseguem experimentar o céu? É hora de balançarmos as estruturas, de
unirmos as forças. A exemplo de Jesus focarmos nosso alvo nos campos
amarelados, prontos para colheita.
III - HOMENS E MULHERES DE ORAÇÃO.
Jesus mostra um dilema para
os discípulos. O campo é grande demais (objetivo impossível de ser alcançado). Os
operários são de menos (trabalho impossível de ser feito). Diante deste dilema
Jesus ensina aos seus, qual é a solução. Os discípulos podem superar a
tentação da desistência lembrando que são apenas “colaboradores” da missão de
Jesus. Não são proprietários nem do campo nem da colheita! A única atitude
possível que devem assumir, além da compaixão. É a de “pedir ao Senhor da
colheita” que envie outros operários. Com efeito, só a comunhão com
Deus, através da oração, dá força e coragem suficientes para continuar a missão
de Jesus. Só homens e mulheres
de oração aceitam o desafio da colheita! Deus quer homens de oração! Deus quer
Mulheres de oração! Homens e
mulheres conectados ao alto. Ligados com Deus. Creio que ao dobrar os nossos
joelhos em oração clamando ao Dono da plantação, da seara e da colheita, Deus
vai fazer uma revolução em nosso bairro, em nosso município, em nosso estado,
em nosso país e no mundo.
Precisamos de homens e mulheres de oração! Que sejam conectados ao alto. Que clamem ao Dono da plantação, da seara e
da colheita. Que aceitem o
desafio da colheita.
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