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15 de out. de 2012

Princípios de administração aplicados à administração eclesiástica


 
A IGREJA:

         Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé. São constituídas por livre vontade dessas pessoas com a finalidade de prestarem culto a Deus, contudo mesmo tendo a Igreja essa característica espiritual e sendo regida por leis espirituais a Igreja não esta acima da lei, e por ser  um organismo físico, uma instituição deve cumprir as leis.
Regendo as suas atividade interna, através da descrição de sua estrutura organizacional, da atribuição de competências e da definição de funções dos seus organismos.
A área administrativa dará suporte logístico e operacional ao pleno funcionamento da estrutura eclesiástica, viabilizando o desenvolvimento das atividades programadas e do regular funcionamento da Igreja.

O cristão é cidadão de dois mundos - o reino de Deus e o estado político  e deve obedecer à lei de sua pátria terrena, tanto quanto à lei suprema.

 A DEFINIÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO:

         A administração, também chamada gerenciamento ou gestão de empresas, é uma ciência humana fundamentada em um conjunto de normas e funções elaboradas para disciplinar elementos de produção. A administração estuda os empreendimentos humanos com o objetivo de alcançar um resultado eficaz e retorno com ou sem fins lucrativos de forma sustentável e com responsabilidade social.

A ciência administrativa supõe a existência de uma instituição a ser administrada ou gerida, ou seja, uma Entidade Social de pessoas e recursos que se relacionem num determinado ambiente, físico ou não, orientadas para um objetivo comum.

Administrar envolve a elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é exigida a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de Administração.

PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO:

         A realidade do trabalho do administrador é ajudar as pessoas a crescer, ajudá-las a fazer o trabalho, em vez de executá-lo ele mesmo. Muitas vezes pensamos que o administrador trabalha muito, mas a sua missão principal é motivar outras pessoas para o trabalho.  
         Administrar é ao mesmo tempo: Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar.
Prever

É preparar-se para o futuro, com a necessária antecedência, através de programas de ação. É predeterminar um curso de ação. Dentro do planejamento, temos as seguintes atividades:

         Previsão: Estimativa do futuro.
Estabelecimento de objetivos: Determinar, os resultados finais a serem alcançados.
Programação: Estabelecimento de sequencia e prioridade dos passos a seguir para atingir os objetivos.
Cronograma: Determinar uma sequencia de prazos para os passos do pro­grama.
Orçamento: Distribuição dos recursos necessários para atingir os objetivos.
Determinação dos procedimentos: Desenvolver e aplicar métodos padronizados de executar o trabalho especificado.
Elaboração de políticas: Elaborar e interpretar decisões duradouras que se aplicam a perguntas e problemas repetitivos que têm significado para a organização como um todo.

Organizar

É reunir meios e recursos materiais e humanos, distribuídos racionalmente e de tal forma harmoniza dos que possam funcionar como um todo, e sem solução de continuidade.

Desenvolvimento da estrutura da organização: Identificar e agrupar o trabalho a ser executado nos diversos cargos.
Delegação: Confiar responsabilidade e autoridade a outros e exigir prestação de contas pelos resultados.
Estabelecimento de relações: Criar condições necessárias para os esforços mutuamente cooperativos do povo.
 
Comandar

É determinar as providências, a fim de que toda a organização funcione de acordo com as normas vigentes.

Tomada de decisão: Chegar a conclusões e julgamentos.
Comunicação: Criar compreensão.
Motivação: Inspirar, estimular e impelir as pessoas a tomarem as medi­das necessárias.
Seleção de material: Envolver pessoas para os cargos existentes na organização.
Desenvolvimento do pessoal: Ajudar as pessoas a melhorar seus conhecimentos, suas atitudes e habilidades.

Coordenar

É manter o organismo em funcionamento homogêneo e integrado em suas diversas atividades. É proporcionar o desenvolvi­mento de cada órgão, procurando manter o equilíbrio do sistema operacional. Dessa forma, evitar-se-á atritos, perda de tempo e complicações indesejáveis.

Controlar


Avaliar e regular o trabalho em andamento e acabado.

Estabelecer padrões de execução: Estabelecer os critérios pelos quais se avaliarão os métodos e os resultados.
Medição do desempenho: Registrar e relatar o trabalho em andamento e o acabado.
Avaliação do Desempenho: Avaliar o trabalho em andamento e os resultados obtidos. Depois de executado o plano, ele deve ser avaliado. Pergunte-se: O nosso método foi bom? Em que falhamos? Por que não alcançamos melhores resultados? Onde falhou o nosso planejamento?
Correção do desempenho: Regular e aperfeiçoar os métodos e os resultados.

PERSONALIDADE JURÍDICA:

Uma igreja, para constituir-se, precisa basicamente de três documentos:
1) Ata da Assembléia constitutiva;
2) Estatuto, onde se determinam a natureza, os fins, as responsabilidades, a organização, a forma de governo, a competência, a administração e questões afins,
3) Regimento Interno, onde se particularizam as normas da instituição, que não podem jamais conflitar com o Estatuto.
Uma coisa precisa ficar bastante clara nos atos constitutivos: como e porque a igreja foi constituída, bem como a denominação a que pertence, para que haja o seu reconhecimento segundo os critérios da convenção que abriga a denominação.
Só de posse desses documentos a igreja adquirirá personalidade jurídica e poderá cumprir perante a lei não só suas funções espirituais, mas suas atividades jurídicas e sociais, como, por exemplo, a aquisição e alienação de bens. Dessa forma uma igreja pode se tornar pessoa jurídica e possuir seu CNPJ.

ORGANOGRAMA:
O organograma é o ordenamento funcional da estrutura eclesiástica. Há pequenas diferenças de uma para outra, dependendo das peculiaridades locais, mas basicamente as igrejas adotam o seguinte modelo estrutural:
a) Assembléia Geral
b) Diretoria Executiva
c) Ministério Pastoral
d) Conselho de Líderes
e) Conselho Diaconal
f) Conselho Fiscal
g) Comissão de Membros
h) Comissão Jurídica
i) Ministério de Música
j) Ministério de Educação Cristã
k) Ministério de Evangelismo e Missões
l) Ministério de Integração e Comunhão
m) Ministério de Ação Social
n) Ministério de Comunicação
o) Ministério Mulher Cristã em Ação
p) Ministério da Juventude
q) Ministério de Arte e Cultura
r) Ministério de Finanças
s) Ministério de Administração Patrimonial
Poderão ser criadas comissões temporárias, a critério da Assembléia Geral, para o atendimento de finalidades específicas.
ASSEMBLÉIA GERAL:
A Assembléia Geral, convocada sob quaisquer das modalidades definidas no Estatuto, constitui-se no órgão de deliberação máxima e soberana da Igreja.
MINISTÉRIO PASTORAL:
É líder espiritual da Igreja é de responsabilidade do Pastor Titular, a quem compete traçar as diretrizes para a atuação dos demais ministérios da Igreja. Poderá o Pastor Titular indicar Pastores Auxiliares, para compor o Ministério Pastoral, mediante homologação da Assembléia Geral.

Cabe ao Pastor Titular:
a) exercer as funções pastorais, segundo a Bíblia Sagrada e definidas no Novo Testamento;
b) exercer a Presidência da Igreja, a menos que manifeste o desejo de não exercê-la, conforme estabelecido em seu Estatuto;
c) trabalhar para que a Igreja desenvolva suas atividades-fins e alcance seus objetivos em termos do Estatuto e do Manual de Administração Eclesiástica;
d) presidir o Conselho de Líderes, convocar suas reuniões e encaminhar à Diretoria suas propostas, para apreciação da Assembléia Geral;
e) representar a Igreja em reuniões externas, inclusive naquela em que se exija representação legal, caso a Presidência seja por ele exercida, não se excluindo a possibilidade de delegação de tal função.
f) Responder civil e Administrativamente pela Igreja.
DIRETORIA ESTATUTÁRIA:
( a saber primeiro e segundo: vice-presidente, secretário e tesoureiros)
A Diretoria estatutária da Igreja, cujos mandatos e funções devem estar especificados no Estatuto, reunir-se-á mensalmente para tratar de assuntos relacionados à administração da Igreja, assim como para a elaboração da pauta referente aos assuntos a serem encaminhados à Assembléia Geral.
A Diretoria estatutária da Igreja exercerá suas atividades valendo-se, caso necessário, de assessoria técnica composta preferencialmente de membros da Igreja.
Para compor a Diretoria estatutária, o membro da Igreja deverá pertencer à membresia; contribuir regularmente para o sustento da Igreja; participar de seus trabalhos e não possuir impedimentos ou restrições junto aos órgãos cadastrais oficiais.

TERMOS GERAIS:
Toda administração requer  eficiência e eficácia. Eficiência envolve o modo como se administra para alcançar os fins desejados. Tem a ver com a estrutura, as estratégias, a ação e tudo mais que se estabeleça em busca das metas. Nem sempre, porém, a eficiência chega aos resultados em razão de falhas operacionais durante o processo. Ninguém discute, por exemplo, a eficiência de uma Ferrari, mas se faltar gasolina ela não se move do lugar. Portanto, não basta ao líder ser eficiente. Ele precisa ser eficaz.
Já a eficácia é o resultado da eficiência. É alcançar os objetivos propostos. Liderança eficaz, portanto, é aquela que conjuga eficiência com eficácia, e sabe, por isso mesmo, conduzir o processo com o fim de alcançar os propósitos para os quais a sua liderança foi estabelecida.
Assim, administrar, em linhas gerais, é fazer com que as coisas funcionem. É tirá-las da inércia e torná-las eficientes e eficazes. É, portanto, exercer uma boa liderança à luz dos princípios há pouco discutidos para que os propósitos da organização sejam alcançados, cumprindo assim a finalidade de sua existência.
A administração eclesiástica, portanto, se insere na mesma definição. Só que sua concepção é divina para atuar na esfera humana. De um lado é um organismo vivo, que atua como agente do Reino de Deus, e de outro é uma organização que precisa dispor de todas as ferramentas humanas para a realização de seus objetivos.
Mas há uma diferença: como a Igreja tem propósitos não só para esta vida, mas também para a eternidade, exige, por isso mesmo, dedicação que muitas vezes foge aos parâmetros humanos.
A ADMINISTRAÇÃO SECULAR:
A administração secular possui três grandes ramos: Pessoal, Financeiro e O & M Organização & Métodos. Em geral, a empresa é organizada formalmente com estes departamentos. Qual a responsabilidade de cada um deles?
Pessoal
Cuida das pessoas de que se compõe a firma, preocupando-se com a situação disciplinar, a integração, o treinamento, a produtividade, a administração, a demissão, as férias, a substituição, etc.
Financeiro
Analisa a receita e programa as despesas.
0 & M - Organização & Métodos

Estuda e pesquisa a maneira de a empresa operar, estabelecendo as seqüências mais lógicas e o tempo preciso.

UNIFICANDO AS COISAS:
              Sendo a Igreja uma instituição, uma Associação Sem Fins Lucrativos para sua sobrevivência institucional ela esta sujeitas a regras do estado e sua Regularização juntos aos órgãos em geral, desde a elaboração da Ata de Assembléia Geral Extraordinária, Ata de Assembléia Geral Ordinária, Estatuto Social, registro em Cartório, inscrição no CNPJ e alvará de funcionamento.
              É uma entidade de direito privado, dotada de personalidade jurídica e caracterizada pelo agrupamento de pessoas para a realização e consecução de objetivos e ideais comuns.
              Atendidas as disposições legais, as pessoas jurídicas sem fins lucrativos, em relação ao imposto de renda, podem ser imunes ou isentas. A imunidade é concedida pela Constituição Federal enquanto a isenção é concedida pelas leis ordinárias, devendo ser aplicada, uma ou outra, conforme o caso concreto. A Constituição Federal estabelece as hipóteses de IMUNIDADE de impostos às entidades sem fins lucrativos no artigo 150, VI, "C", in verbis.
              Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente "superávit" em suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício, destine referido resultado, integralmente à manutenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais.
              Para o gozo da imunidade, as instituições estão obrigadas a atender aos seguintes requisitos:
a) Não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;
b) Aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais;
c) Manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão;
d) Conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem como a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial;
e) Apresentar, anualmente, declaração de rendimentos, em conformidade com o disposto em ato da secretaria da receita federal;
f) Recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e a contribuição para a seguridade social relativa aos empregados, bem como cumprir as obrigações acessórias daí decorrentes;
g) Assegurar a destinação de seu patrimônio à outra instituição que atenda às condições para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas atividades, ou a órgão público.
ISENÇÃO TRIBUTÁRIA
                 Gozarão de isenção as sociedades e fundações de caráter beneficente, filantrópico, caritativo, religioso, cultural, instrutivo, científico, artístico, literário, recreativo, esportivo e as associações e sindicatos que tenham por objeto cuidar dos interesses de seus associados, desde que observem os requisitos exigidos pela legislação: a Lei nº 9.532/97 estabeleceu os critérios para que as entidades possam gozar da ISENÇÃO TRIBUTÁRIA.
                                                                                      Pr. Neir Matos

2 de out. de 2012

EM QUEM DEVEMOS VOTAR?


 


No próximo domingo, a sociedade civil estará elegendo os seus representantes tanto para o legislativo, no caso os vereadores, como para o executivo, isto é, o prefeito. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estima que o eleitor leve em média 40 segundos para votar. Vale destacar que estes 40 segundos determinarão os próximos 126.144.000 segundos de nossas vidas. Considerando o tempo estimado na cabina de votação, cada segundo gasto, será responsável por 36,5 dias de mandato dos nossos representantes nesses 04 anos.
Preocupada com isso, a sociedade civil brasileira se movimentou no sentido de colher assinaturas, correspondente a 01% do eleitorado brasileiro, para apresentar ao Congresso Nacional o anseio popular por candidatos sem antecedentes criminais. Fato é que ainda há muito a ser conquistado para que se apresentem a sociedade candidatos genuinamente limpos. No entanto, a “ficha limpa” pode ser considerada uma grande vitória.
Mas quanto à igreja, como devemos nos posicionar. Não é pelo fato de que as associações de moradores, câmaras e prefeituras municipais, através de seus representantes, cumprem a sua função inclusive para com a Igreja, que a mesma passa a ter um compromisso com A, B ou C nas eleições. Não podemos deixar que se passe por despercebido a relevância social da Igreja, pois muitos crentes, se não fosse à decisão ao lado de Jesus, aumentariam os problemas de violência em nossas cidades.
Considerando a Bíblia e seus ensinamentos uma manual de regra de fé e prática para os cristãos, naturalmente, será ela a fonte de orientação para as nossas ações. Baseado no livro de Deuteronômio, capítulo 17, responderemos a indagação que deu origem ao tema desse artigo, ou seja, em quem devemos votar:
Em uma pessoa de Deus (14-15). Talvez alguns pensem que direi sobre a importância de votarmos em candidatos crentes. Irmãos: O nosso Deus dispõe de alguns atributos, ou seja, qualidades inerentes a sua essência. Essas qualidades ou atributos podem ser classificados em incomunicáveis (onipresença, onipotência e onisciência...) e comunicáveis. Estes são qualidades morais através do qual Deus se comunica com o ser humano. Deixem-me dar um exemplo: Pensamentos morais levam a ações morais; ações morais levam a hábitos saudáveis; hábitos saudáveis levam a uma estrutura de caráter semelhante ao que queremos com a “ficha limpa”. Sendo um candidato cristão ou não, a sua vida deve comunicar a imagem moral de Deus.
Identificada com a nossa necessidade, enquanto sociedade (15). Os vereadores e prefeitos devem, acima de tudo, trabalhar em função da melhoria da qualidade de vida da população, recebendo-a e atendendo as suas reivindicações. Estes homens e mulheres precisam dar mostras da sua misericórdia. A palavra misericórdia é de origem latina que pode ser decomposta em: Miseri, ou seja, sofrimento e cordis, isto é, coração. Uma pessoa identificada com as necessidades é capaz de sofrer com o povo as suas lutas diárias e não se portar como um norte americano, por exemplo, que vem ao Brasil fazer turismo nos becos das favelas cariocas como se aquilo fosse uma opção dos moradores.
Que não busque os seus próprios interesses (16). O Supremo Tribunal Federal tem estado envolvido com o maior julgamento de sua história, isto é, o mensalão. Entre os crimes em destaque, encontra-se o de peculato, ou seja, o desvio de dinheiro público por quem o tinha a seu cargo. Os cavalos, de que trata o verso 16, representam o enriquecimento ilícito de muitos gestores públicos. Paulo, escrevendo ao jovem pastor Timóteo, disse: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. Quantos males o povo tem experimentado pela falta de determinado serviço público cuja verba tomou um descaminho.
Que não leve o povo a escravidão (16). As tristes lembranças do Egito ainda ocupavam lugar de destaque na memória do povo no momento histórico a qual se refere o texto de Deuteronômio. Por essa razão, seus representantes deveriam cuidar para que o futuro não contemplasse uma situação semelhante a do passado. Irmãos: Os nossos representantes não devem levar a população à escravidão, por exemplo, física, ou seja, a pernoites ao relento para se agendar uma consulta; intelectual, isto é, a uma educação de baixa qualidade para os nossos filhos; social que, entre outras coisas, exclui os nossos jovens do mercado de trabalho. Tantas escravidões que deveriam ser extirpadas da sociedade.
Que não seja carnal (17). No propósito de Deus para a humanidade, Ele já concebia a sociedade. No livro do Gênesis o Senhor mesmo diz: “Não é bom que o homem esteja só”. A imagem que herdamos de Deus, na criação, considera o caráter relacional, pois o mesmo ocorre na trindade. Portanto, a criação da sociedade seria inevitável e a família a sua célula materna. Irmãos: Assim como os diáconos e pastores precisam administrar bem as suas famílias, os nossos representantes devem zelar por ela. Quem não exerce a boa mordomia em seu lar, mas vive promiscuamente, certamente não alcançará o êxito esperado à frente de milhares de famílias.
Que tenha a Bíblia como livro de cabeceira (18-19). Todo ser humano tem pelo menos algum tipo referencial. E isto determinará toda a sua vida. No entanto, o sucesso ou não de suas ações revelará a qualidade do seu referencial. O fato de se ter a Bíblia como referencial significa que a pessoa contará com uma fonte inesgotável de sabedoria. Na Bíblia encontramos lições de psicologia, pedagogia, administração, gerenciamento financeiro e muito mais. Enquanto certos homens dão lugar a satanás no sentido de descredibilizar a Bíblia, o povo sofre com a falta de sabedoria. Abraham Lincoln, 16º presidente dos EUA e que liderou o seu país na maior crise constitucional, militar e moral, certa vez disse: “Estou ultimamente ocupado em ler a Bíblia. Tirai o que puderdes deste livro pelo raciocínio e o resto pela fé, e, vivereis e morrereis um homem melhor”.
Que tema ao Senhor (19). A submissão as orientações bíblicas caracteriza o temor ao Senhor. A palavra temor significa tributar grande respeito ou reverência. Infelizmente, este verbo tem caído no desuso. Fala-se em nome de Deus sem que a vida dê qualquer respaldo para isso. Triste é ver crentes que insistem no pecado mesmo na responsabilidade de dirigir o povo de Deus. No entanto, quem reverencia ao Senhor é contemplado com um bônus: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é a prudência” (Pr. 9:10).
Que seja humilde (20). Entre muitas coisas que podemos falar sobre a humildade, quero destacar duas: A humildade nos dá ciência de quem realmente somos. Ela, também nos deixa melhores diante das pessoas. Em face do exposto, precisamos de representantes que saibam realmente quem são, isto é, a voz do povo na gestão pública, e que, por esta razão, desfrutem do respeito conquistado pelo pleno exercício de sua função.
Finalizando: O apóstolo Paulo, escrevendo aos romanos, fala sobre as autoridades como sendo provenientes de Deus. Nesse sentido, devemos considerar que o exercício da função de autoridade é legitimado por Deus. No entanto, cabe a nós o dever de eleger pessoas que exerçam a função de autoridade com responsabilidade. Que Deus o ilumine no sentido de que a sua escolha contribua para um futuro melhor.
 
Felipe Pinto Lima

  Pastor da 1ᵃ Igreja Batista do Peró (Cabo Frio)