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2 de out. de 2012

EM QUEM DEVEMOS VOTAR?


 


No próximo domingo, a sociedade civil estará elegendo os seus representantes tanto para o legislativo, no caso os vereadores, como para o executivo, isto é, o prefeito. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estima que o eleitor leve em média 40 segundos para votar. Vale destacar que estes 40 segundos determinarão os próximos 126.144.000 segundos de nossas vidas. Considerando o tempo estimado na cabina de votação, cada segundo gasto, será responsável por 36,5 dias de mandato dos nossos representantes nesses 04 anos.
Preocupada com isso, a sociedade civil brasileira se movimentou no sentido de colher assinaturas, correspondente a 01% do eleitorado brasileiro, para apresentar ao Congresso Nacional o anseio popular por candidatos sem antecedentes criminais. Fato é que ainda há muito a ser conquistado para que se apresentem a sociedade candidatos genuinamente limpos. No entanto, a “ficha limpa” pode ser considerada uma grande vitória.
Mas quanto à igreja, como devemos nos posicionar. Não é pelo fato de que as associações de moradores, câmaras e prefeituras municipais, através de seus representantes, cumprem a sua função inclusive para com a Igreja, que a mesma passa a ter um compromisso com A, B ou C nas eleições. Não podemos deixar que se passe por despercebido a relevância social da Igreja, pois muitos crentes, se não fosse à decisão ao lado de Jesus, aumentariam os problemas de violência em nossas cidades.
Considerando a Bíblia e seus ensinamentos uma manual de regra de fé e prática para os cristãos, naturalmente, será ela a fonte de orientação para as nossas ações. Baseado no livro de Deuteronômio, capítulo 17, responderemos a indagação que deu origem ao tema desse artigo, ou seja, em quem devemos votar:
Em uma pessoa de Deus (14-15). Talvez alguns pensem que direi sobre a importância de votarmos em candidatos crentes. Irmãos: O nosso Deus dispõe de alguns atributos, ou seja, qualidades inerentes a sua essência. Essas qualidades ou atributos podem ser classificados em incomunicáveis (onipresença, onipotência e onisciência...) e comunicáveis. Estes são qualidades morais através do qual Deus se comunica com o ser humano. Deixem-me dar um exemplo: Pensamentos morais levam a ações morais; ações morais levam a hábitos saudáveis; hábitos saudáveis levam a uma estrutura de caráter semelhante ao que queremos com a “ficha limpa”. Sendo um candidato cristão ou não, a sua vida deve comunicar a imagem moral de Deus.
Identificada com a nossa necessidade, enquanto sociedade (15). Os vereadores e prefeitos devem, acima de tudo, trabalhar em função da melhoria da qualidade de vida da população, recebendo-a e atendendo as suas reivindicações. Estes homens e mulheres precisam dar mostras da sua misericórdia. A palavra misericórdia é de origem latina que pode ser decomposta em: Miseri, ou seja, sofrimento e cordis, isto é, coração. Uma pessoa identificada com as necessidades é capaz de sofrer com o povo as suas lutas diárias e não se portar como um norte americano, por exemplo, que vem ao Brasil fazer turismo nos becos das favelas cariocas como se aquilo fosse uma opção dos moradores.
Que não busque os seus próprios interesses (16). O Supremo Tribunal Federal tem estado envolvido com o maior julgamento de sua história, isto é, o mensalão. Entre os crimes em destaque, encontra-se o de peculato, ou seja, o desvio de dinheiro público por quem o tinha a seu cargo. Os cavalos, de que trata o verso 16, representam o enriquecimento ilícito de muitos gestores públicos. Paulo, escrevendo ao jovem pastor Timóteo, disse: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. Quantos males o povo tem experimentado pela falta de determinado serviço público cuja verba tomou um descaminho.
Que não leve o povo a escravidão (16). As tristes lembranças do Egito ainda ocupavam lugar de destaque na memória do povo no momento histórico a qual se refere o texto de Deuteronômio. Por essa razão, seus representantes deveriam cuidar para que o futuro não contemplasse uma situação semelhante a do passado. Irmãos: Os nossos representantes não devem levar a população à escravidão, por exemplo, física, ou seja, a pernoites ao relento para se agendar uma consulta; intelectual, isto é, a uma educação de baixa qualidade para os nossos filhos; social que, entre outras coisas, exclui os nossos jovens do mercado de trabalho. Tantas escravidões que deveriam ser extirpadas da sociedade.
Que não seja carnal (17). No propósito de Deus para a humanidade, Ele já concebia a sociedade. No livro do Gênesis o Senhor mesmo diz: “Não é bom que o homem esteja só”. A imagem que herdamos de Deus, na criação, considera o caráter relacional, pois o mesmo ocorre na trindade. Portanto, a criação da sociedade seria inevitável e a família a sua célula materna. Irmãos: Assim como os diáconos e pastores precisam administrar bem as suas famílias, os nossos representantes devem zelar por ela. Quem não exerce a boa mordomia em seu lar, mas vive promiscuamente, certamente não alcançará o êxito esperado à frente de milhares de famílias.
Que tenha a Bíblia como livro de cabeceira (18-19). Todo ser humano tem pelo menos algum tipo referencial. E isto determinará toda a sua vida. No entanto, o sucesso ou não de suas ações revelará a qualidade do seu referencial. O fato de se ter a Bíblia como referencial significa que a pessoa contará com uma fonte inesgotável de sabedoria. Na Bíblia encontramos lições de psicologia, pedagogia, administração, gerenciamento financeiro e muito mais. Enquanto certos homens dão lugar a satanás no sentido de descredibilizar a Bíblia, o povo sofre com a falta de sabedoria. Abraham Lincoln, 16º presidente dos EUA e que liderou o seu país na maior crise constitucional, militar e moral, certa vez disse: “Estou ultimamente ocupado em ler a Bíblia. Tirai o que puderdes deste livro pelo raciocínio e o resto pela fé, e, vivereis e morrereis um homem melhor”.
Que tema ao Senhor (19). A submissão as orientações bíblicas caracteriza o temor ao Senhor. A palavra temor significa tributar grande respeito ou reverência. Infelizmente, este verbo tem caído no desuso. Fala-se em nome de Deus sem que a vida dê qualquer respaldo para isso. Triste é ver crentes que insistem no pecado mesmo na responsabilidade de dirigir o povo de Deus. No entanto, quem reverencia ao Senhor é contemplado com um bônus: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é a prudência” (Pr. 9:10).
Que seja humilde (20). Entre muitas coisas que podemos falar sobre a humildade, quero destacar duas: A humildade nos dá ciência de quem realmente somos. Ela, também nos deixa melhores diante das pessoas. Em face do exposto, precisamos de representantes que saibam realmente quem são, isto é, a voz do povo na gestão pública, e que, por esta razão, desfrutem do respeito conquistado pelo pleno exercício de sua função.
Finalizando: O apóstolo Paulo, escrevendo aos romanos, fala sobre as autoridades como sendo provenientes de Deus. Nesse sentido, devemos considerar que o exercício da função de autoridade é legitimado por Deus. No entanto, cabe a nós o dever de eleger pessoas que exerçam a função de autoridade com responsabilidade. Que Deus o ilumine no sentido de que a sua escolha contribua para um futuro melhor.
 
Felipe Pinto Lima

  Pastor da 1ᵃ Igreja Batista do Peró (Cabo Frio)  

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